Poderíamos, então, definir a santidade como uma bolha (isto é, ela é fechada e, pelo mínimo motivo, ela estoura e a brincadeira acaba)?
Se ser “santo” realmente fosse viver dentro de uma bolha, aconteceria o mesmo conosco. Viveríamos em nosso mundinho fechado, enquanto as pressões do mundo ficariam sobre nós. Não resistiríamos por muito tempo e, de repente, “pock!”, a bolha estourou e a santidade foi para o ralo.
Mas ser santo está bem mais além do que a vida numa bolha. Tenho aprendido que a santidade é como um peixe: ele está sempre no mar, desde que nasceu até o momento de sua morte em uma pescaria, sempre esteve no mar. No entanto, antes de se alimentar dele, temos que colocar sal, pois, por mais que ele tenha vivido sempre em água salgada, não “pegou o gosto”.
Gosto muito da ideia original da palavra “idiota”, que vem do grego “idiótes”, que é “aquele que vai contra o povo”. Aquele que faz o que geralmente as pessoas não fazem.
Assim é a santidade. Podemos viver no mundo, sair com pessoas do mundo, comer com pessoas do mundo, mas não ficamos iguais a elas. A santidade é o que nos mantém em comunhão com Deus, mesmo em companhia de amigos mundanos. Ser santo é ser sal em um mundo insosso. Esse é o nosso dever.
Nosso comportamento e testemunho muitas vezes vai ser Jesus na vida de alguém. Nem sempre vamos ter a oportunidade de falar com palavras sobre o amor de Deus por nós. Mas, muito mais que as nossas palavras, nossa vida fala bem mais forte.
Que você possa ser santo assim como um peixe. Viva com escarnecedores, mas não viva como eles.
“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.”
(1 Pe 1.15-16)
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