O drama da pequena Hakani, indiazinha da etnia suruwahá condenada à morte por um rito tribal e salva por missionários evangélicos, bem que daria um filme. E deu – Hakani, documentário do diretor e produtor americano David L.Cunningham, tem emocionado as platéias desde que foi lançado, em agosto de 2009.
O filme, com 36 minutos de duração, foi rodado numa reserva indígena de Rondônia com a participação de representantes de dez diferentes povos nativos e tem elevada carga de dramaticidade. O infanticídio, praticado por cerca de 20 etnias indígenas brasileiras, inclusive os suruwahá, é o pano de fundo da obra. Parte importante do documentário é o depoimento de vários índios condenando o sacrifício ritual de crianças com deficiências físicas ou doenças congênitas – caso de Hakani, que nasceu com hipotireodismo. A cena em que a criança é enterrada viva impressiona pela autenticidade – mas o espectador pode ficar tranqüilo, porque a terra que cobre o rosto da criança que interpreta Hakani é, na verdade, bolo de chocolate esfarelado.
O casal de missionários Edson e Márcia Suzuki, então, entram em cena. Ligado à agência Missionária Jovens com Uma Missão (Jocum), eles já desenvolviam há anos um trabalho de cunho social e lingüístico entre os suruwahá. A pedido da mãe de Hakani, eles retiraram a criança da aldeia, levando-a para tratamento médico em São Paulo. A menina recuperou-se, mas o preço que o casal pagou foi alto. Eles chegaram a ser processados pelo Ministério Público Federal, com o beneplácito da Funai, sob acusação de “crime contra a cultura indígena”.
O filme, que pode ser visto na íntegra na internet (www.hakani.org), tem sido usado como ferramenta por grupos que combatem práticas culturais que atentem contra a vida, como prevê um projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional.
Assista o trailer do documentário Hakani, a Sobrevivente:
O filme, com 36 minutos de duração, foi rodado numa reserva indígena de Rondônia com a participação de representantes de dez diferentes povos nativos e tem elevada carga de dramaticidade. O infanticídio, praticado por cerca de 20 etnias indígenas brasileiras, inclusive os suruwahá, é o pano de fundo da obra. Parte importante do documentário é o depoimento de vários índios condenando o sacrifício ritual de crianças com deficiências físicas ou doenças congênitas – caso de Hakani, que nasceu com hipotireodismo. A cena em que a criança é enterrada viva impressiona pela autenticidade – mas o espectador pode ficar tranqüilo, porque a terra que cobre o rosto da criança que interpreta Hakani é, na verdade, bolo de chocolate esfarelado.
O casal de missionários Edson e Márcia Suzuki, então, entram em cena. Ligado à agência Missionária Jovens com Uma Missão (Jocum), eles já desenvolviam há anos um trabalho de cunho social e lingüístico entre os suruwahá. A pedido da mãe de Hakani, eles retiraram a criança da aldeia, levando-a para tratamento médico em São Paulo. A menina recuperou-se, mas o preço que o casal pagou foi alto. Eles chegaram a ser processados pelo Ministério Público Federal, com o beneplácito da Funai, sob acusação de “crime contra a cultura indígena”.
O filme, que pode ser visto na íntegra na internet (www.hakani.org), tem sido usado como ferramenta por grupos que combatem práticas culturais que atentem contra a vida, como prevê um projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional.
Assista o trailer do documentário Hakani, a Sobrevivente:
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